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Não tenho vontade de transar

Um depoimento muito bacana do blog miscelânea materna!

A chegada de um filho muda muita coisa na vida de um casal: mudam os papéis, as tarefas, as emoções, os corpos e a dinâmica do casal.

As diferenças de expectativas e necessidades de cada um, associadas à falta de comunicação podem levar a mágoas, desentendimentos e conflitos no relacionamento.

O impacto disso é sentido na cama, que deixa de ser um lugar de encontro, prazer e relaxamento para se tornar um campo de batalha onde só há perdedores.

Saber lidar com esse turbilhão de mudanças é um desafio para quase todas as pessoas que encaram o desafio da maternidade.

Buscar apoio profissional em caso de necessidade é uma ótima alternativa, como sugere o texto do blog.

Miscelânea Materna

Estou sendo bem aberta ao vir aqui falar sobre esse assunto que ainda é bicho de sete cabeças para muitas mães, e espero que vocês sejam abertas em aceitar que isso é tão absurdamente comum, que existem terapeutas apenas para casos assim.  Que você não está sozinha, e que tudo pode não passar de simplesmente uma fase.

Quando meu filho mais velho tinha a mesma idade da minha caçula, de dois para três anos, eu passei por uma crise dessas. Queria fazer qualquer coisa, menos me deitar na mesma cama que o parceiro. Aumentava o tempo da minha menstruação e criava dores no corpo só de desculpa para não precisar transar.

Isso é o suficiente para estabelecer uma crise na maioria dos casamentos. Se depender de homem, sexo é todo dia, igual bater ponto no trabalho. Então quando a negação da mulher passa a ser recorrente, é normal observar que…

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Eventos

I Curso de Imersão em Sexualidade Feminina

Ainda dá tempo de se inscrever no I Curso de Imersão em Sexualidade Feminina, promovido pela Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

curso usp 2018

 

O Curso será realizado no dia 16 de junho de 2018, no auditório do Instituto de Radiologia do HC, e contará com a participação de renomados especialistas na área.

Para maiores informações e inscrições clique aqui.

disfunções sexuais, Opinião

O que fazer quando a rotina sexual é desconfortável?

Ilustração de uma mulher com dor
Para muitas mulheres, a atividade sexual é sinônimo de desprazer, desconforto e de dor. Mesmo assim, muitas delas mantém uma vida sexual regular, pelos mais diversos motivos.
As causas mais frequentes de dor à relação sexual são a falta de lubrificação vaginal e a contratura da musculatura perineal. Fazer sexo sem desejo, por obrigação ou apenas para agradar o parceiro tem grande possibilidade de resultar em desconforto e frustração. O mais impressionante é que um número significativo de mulheres acham que esse sexo burocrático e sem prazer é o “normal” e podem passar uma vida inteira se conformando com sexo sem graça, sem personalidade e sem perspectiva.
O site da BBC publicou uma reportagem interessante sobre o assunto que você pode ler aqui., num artigo intitulado “Por que a dor e a falta de prazer fazem parte da vida sexual de tantas mulheres?”
Essa situação pode mudar a partir do momento em que a mulher se descobre como um ser sexuado, onde ELA se dá a permissão e o direito de sentir tesão e assume as rédeas da própria sexualidade, onde as próprias necessidades vem em primeiro lugar e a busca do prazer passa a ser feita JUNTO com a pessoa que compartilha sua cama, e não mais PARA ela.
Para chegar a esse amadurecimento é necessário questionar uma série de valores e regras aos quais somos apresentados ao longo da vida, num processo de reaprendizado de coisas que nunca foram ensinadas. Como em qualquer atividade, sexual ou não,  cada uma tem seu tempo e ritmo para chegar lá. Umas podem preferir desbravar estes territórios sozinhas, outras podem explorar novos caminhos com suas parcerias, enquanto algumas podem repensar suas trajetórias e traçar novos planos com ajuda profissional.
Seja qual for a opção escolhida, o importante é se mexer,  sair da acomodação e buscar  novos caminhos, que levem a novos lugares e novas visões do mundo, numa jornada em direção ao auto conhecimento.
disfunções sexuais

Novas diretrizes de tratamento para a disfunção de desejo sexual hipoativo

Acaba de ser publicado o novo algoritmo para tratamento da disfunção de desejo sexual hipoativo da ISSW ( International Society for the Study of Women’s Sexual Health), nos manuais de procedimentos da Clinica Mayo.

magia negra

O texto oferece uma abordagem prática do problema para profissionais de todas as especialidades, com orientações sobre a anamnese e roteiro de investigação.

O tratamento inicial inclui medidas educativas e identificação de fatores modificáveis que podem interferir no desejo sexual. A terapia sexual ainda é o melhor método terapêutico nos casos que não respondem às medidas iniciais. As limitações e indicações dos tratamentos farmacológicos também são discutidas.

Para ler o texto original completo, clique aqui

 

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Let’s talk about Sex

A associação de endometriose com dor às relações sexuais é muito frequente.
A dor pode ter causas orgânicas, como consequência do processo inflamatório característico da doença, ou pode ser de origem psicológica, quando a ansiedade e o medo adquiridos através de experiências dolorosas anteriores levam à diminuição da lubrificação vaginal e ao aumento da tensão da musculatura na entrada da vagina.
O acompanhamento profissional da parte física e emocional é fundamental para ajudar a superar estas dificuldades. Acompanhe o relato pessoal da blogueira portuguesa Diana Balona e as formas que ela encontrou para lidar com o problema.

A Happy Life with Endo

Ultimamente ten sido um assunto muito falado na comunidade Endo, pelo Instagram e já há algum tempo que quero muito escrever um post sobre este assunto. Acredito ser muito importante, já que preocupa a maioria das portadoras de Endometriose.

Lately, this is being a big thing among Endo community on Instagram. For a long time now that I wanted to write a full blog post on this. I believe it is really important as it worries so many Endo women.

Todas sabemos que dor nas relações sexuais é um sintoma da Endometriose e eu tenho partilhado convosco como me sinto melhor desde que comecei um estilo de vida mais saudável e isso também se notou na minha vida saudável.

So, we all know that pain during sex is a symptom of Endometriosis. I’ve been sharing with you here and on Instagram how better do I feel since I started a…

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Conversando sobre sexo… Com seu dentista!

eating

A incidência de câncer bucal nos Estados Unidos vem aumentando de maneira significativa nos últimos anos. Esse aumento é atribuído a mudanças no comportamento sexual da população americana, com aumento da prática do sexo oral, o que por sua vez favoreceria a infecção da cavidade oral pelo HPV. Este vírus de transmissão sexual está intimamente (sem trocadilho!) associado aos cânceres de colo uterino, pênis, reto e da cavidade oral. No Brasil, a mortalidade por câncer da boca aumentou cerca de 25% entre 2010 e 2015.

grafico ca boca

As alterações celulares induzidas pelo HPV podem levar um tempo significativo, por vezes durante vários anos, até que as lesões pré-neoplásicas evoluam para o câncer. Estas lesões podem e devem ser diagnosticadas precocemente pelos profissionais de saúde bucal. Embora faça parte da história clínica, os dentistas raramente questionam seus pacientes sobre suas atividades sexuais,  por vergonha ou pouca formação sobre o tema. Cabe a você levantar o assunto em sua próxima consulta odontológica.

Maiores informações podem ser obtidas neste link, neste link, aqui e também aqui .

Opinião

A pornografia como educação sexual

Uma educação sexual mais franca e aberta pode favorecer a tomada de decisões mais conscientes, autônomas e responsáveis a respeito da vida sexual de cada um.

 

Num artigo na The New York Times, intitulado “Quando a Pornografia se Tornou Educação Sexual?”, a escritora americana Peggy Orenstein questiona as limitações do sistema educacional americano na educação sexual de meninas e os impactos desta (falta de) educação na forma como estas experimentam sua vida sexual. Na mesma semana, o UOL publicou um interessante artigo sobre o mesmo tema.

Segundo Peggy, a educação sexual (formal ou doméstica) dos americanos se divide em duas abordagens principais: a abstinência, cuja mensagem principal é “Não faça!”;

e uma abordagem mais organicista, que apresenta a genitália masculina em detalhes, focando na capacidade de ereção peniana e de ejaculação,

enquanto a parte feminina se restringe  aos órgãos internos, que menstruam e engravidam (ou seja, os brinquedos dos meninos servem para diversão, enquanto os das meninas são fonte de desconforto e preocupação…). Pouco ou nada se fala sobre a genitália externa feminina e seu possível uso como fonte de diversão e prazer.

 

Nesse cenário, as crescentes discussões sobre violência sexual voltam seu foco para a questão do consentimento explícito da mulher para participar de qualquer atividade sexual, mas pouco se fala sobre o que acontece após esse consentimento.

Para preencher esse vácuo de informações, a pornografia ocupa um papel relevante, dada a sua facilidade de acesso e volume de material disponível, especialmente no mundo online. Entretanto, o sexo mostrado na pornografia apresenta enormes diferenças em relação ao que é praticado no dia a dia, começando pelo foco prioritário no prazer masculino e na penetração de diferentes orifícios corporais, na roteirização das sequencias de acontecimentos, com pouca ou nenhuma importância para preliminares como beijos e carícias, na total ausência de contexto relacional entre os participantes, nas posições sexuais de pouco contato corporal (para facilitar a filmagem das penetrações), na padronização das anatomias e dos padrões de beleza (eliminação dos pelos corporais, genitálias e mamas de tamanho acima da média populacional) , entre outros.

Embora os jovens saibam que aquilo que o pornô mostra não seja real, seus valores começam gradativamente a moldar os padrões da atividade sexual entre as americanas. A autora cita a naturalização (e a banalização) da prática de sexo oral, e do aumento da frequência de adolescentes praticando sexo anal . Em nosso meio, a disseminação dos nudes enviados e replicados em diferentes etapas de relacionamento entre adolescentes indica que os paradigmas sobre intimidade e privacidade estão em mutação.

As conclusões de Peggy sobre as limitações ao pleno exercício da sexualidade feminina são compatíveis com o que encontramos em nosso meio, tanto na clínica privada como nos serviços públicos. As principais causas que atrapalham o desejo, a prática sexual prazerosa e sem culpa são:

  • a falta de permissão para pensar, sentir e se expressar quanto à própria sexualidade;
  • a falta de conhecimento sobre o próprio corpo, seus gostos e preferências em se tratando de sexo;
  • uma excessiva atenção e prioridade ao prazer do outro, em detrimento das próprias necessidades.

Na minha opinião, os caminhos para a resolução destes problemas incluem:

  • Falar sobre o assunto: discutir questões relacionadas à sexualidade, com colegas ou com profissionais, permite que certezas e medos relacionados à prática sexual sejam redimensionados ou relativizados, ao mesmo tempo em que são treinadas habilidades de expressão e comunicação sobre temas sensíveis. Um ambiente de confiança, aceitação e ausência de julgamento são fundamentais.
  • (Auto)conhecimento: buscar informações disponíveis nas mais diversas fontes e identificar gostos e preferências. Importante lembrar que o próprio corpo é fonte de informação, fornecendo dados personalizados sobre o que funciona e o que não funciona para cada pessoa.
  • Permissão e experimentação: focalizar e priorizar as sensações do próprio indivíduo, a fim de obter clareza antes de se ocupar do prazer alheio. Testar diferentes alternativas para a lidar com as questões identificadas anteriormente. Voltar às etapas anteriores quantas vezes forem necessárias.

A pornografia, quando utilizada por uma mulher sexualmente madura, consciente de seus desejos e necessidades, pode ser uma ferramenta interessante para o enriquecimento da vida sexual. Como instrumento de educação sexual, ela deixa muito a desejar…

créditos das imagens:

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http://www.edudiagrams.com/2015/07/sex-education-diagrams.html#
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Sexualidade na Internet

Por que gostamos de beijar na boca?

kisses

Instinto ou cultura? Em que momento a humanidade decidiu que enfiar a língua na boca de outra pessoa poderia ser uma boa idéia? Alguns dizem que é um comportamento natural, praticado por diversas espécies de animais, uma das maneiras mais rápidas e íntimas de se conectar a outra pessoa. Outros dizem que é uma invenção ocidental popularizada pela mídia, e que muitas culturas orientais consideram repulsivo. Para ler mais sobre o assunto (em inglês) clique aqui.